quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Vocês já pararam para ler o nome do blog?

"Seu texto é intertextualizado?", "eu gosto dos seus textos, mas eles não possuem um padrão de um para o outro", "acho que você se perdeu no assunto", "você inseriu coisas nada a ver dentro da conversa" - Essas são algumas das frases que pude encontrar ao longo do tempo, o que me fez pensar: É sério que ninguém parou para ler o nome do blog?

Para quem não sabe, comece essa ideia num homónimo desse mesmo blog, o que significa que faz 7 anos que escrevo do mesmo jeito. Textos sem contexto, esse era o nome antes e não deixou de ser quando mudei para cá. Nunca houve um padrão ou uma ideia em comum entre uma publicação e outra, provavelmente nunca haverá. Porquê? Só existe uma simples razão, meu caro leitor: Eu nunca quis.
Retomando às origens da primeira postagem do projeto (lê-se no blog antigo), relembrei o motivo pelo qual comecei a escrever. Devaneios, MSN, incentivo de amigos que faziam o mesmo e escreviam exatamente aquilo que queriam na hora que queriam (ta escrito no link para quem quiser entender). Foi o que fiz: em 7 anos abordei tanto situações pessoais como outras que em nada tinham relação com o que penso. Brinquei de desabafos, dei recados, transmiti mensagens; sejam elas reais ou não. Simples, direto e principalmente sem floreios, afinal uma das maravilhas da escrita é que esta pode (e deve) ser interpretada de diversas formas.
Ficaria vago, no entanto, se eu parasse por aqui, não acha? Um texto sem sal ou qualquer sentido que no fim se colocaria aqui como um pedido desesperado para tirar as teias de aranha do blog. Não é. Por 7 anos recebi muitos elogios, toquei muita gente e fiz outros rirem com as minhas palhaçadas. Por 7 anos eu cumpri a meta de continuar escrevendo sobre o que queria, como queria e quando queria. A função de uma mensagem é ser compreendida e esse foi o objetivo que consegui concluir muitas vezes. Sem contexto literário, com referências filosóficas, rimando, em prosa, deitado, sentado, fazendo qualquer tipo de palhaçada ou causando sentimentos adversos; o importante é que a mensagem chegou onde deveria, o que é realmente a sua função. Vamos recapitular?

Um blog, vários textos, 7 anos, diversos autores ao longo do seu tempo com ideias, idades e mentalidades diferentes. Públicos distintos, assuntos desconstruídos ou não, afinal na vida interpretamos vários papeis (por favor não seja no trabalho como é no happy hour da sexta à noite). Editar? Seria injusto com o autor de antigamente mesmo que qualquer absurda apareça diante dos dias de hoje: pessoas diferentes, épocas diferentes; 7 benditos anos. 
Textos; principalmente aqueles sem contexto algum. 

Não deixe que o contexto literário segure suas ideias nem faça da linguagem rebuscada o centro das atenções. O que sentiu quando leu isso? Compreendeu? Concordou, discordou? Não? Então faço as palavras do Pedro de 7 anos atrás as minhas:

"Achou confuso? Bem vindo ao meu blog!" 
Campos, Pedro 26/09/2009


Um comentário:

  1. Compreender, isso é algo que não posso ditar como forma de exata ou perfeita, entender não quer dizer compreensão, mas sim empatia.
    O que você faz, o que você fez e o que fará é o que justamente retrata quem você é. Não deixe isso se apagar de forma tão branda, tão relevante.
    A verdade é uma coisa muito mais complexa do que podemos enxergar, sentir e ouvir. Se você não estiver preparado, pode acabar se iludindo, entendendo e compreendendo de forma totalmente errada, e até se confundido totalmente.
    Se você realmente quer compreender e entender, basta apenas viver.
    Que todos os contextos e textos, sejam justamente SEM CONTEXTO, não teria maior loucura do que fazer aquilo que se quer, sem se preocupar com nada.

    Se você entendeu, se não entendeu, não se preocupe, tudo o que importa é apenas interpretar como você quiser e desejar.

    Continue assim Sr.Campos, ABRAÇO.

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